24/10/09
Seca...
A flor seca
Vai, flor gentil, vai, prenda suspirada,
doce mimo d´amor terno e fagueiro,
vai, que ele mesmo grato e prazenteiro,
ele te há-de levar à minha amada.
Cumpre o que ela te impôs, que é lei sagrada:
se mudada te achar, sem cor, sem cheiro,
se o viço, a gala do verdor primeiro
em tuas pálidas folhas vir crestada,
diz-lhe que mais que a ti, mais me queimara
o intenso ardor daquela saudade
que a ambos neste estado nos deixara.
Oh! se um benigno influxo de piedade
de seus formosos olhos te orvalhara...
Qual de nós ambos reviver não há-de?
Almeida Garrett
Vida...
"Simples coisas da Vida"
É errado pensar que a vida é um jogo e que, se algo correr não exactamente de acordo com as nossas expectativas, podemos jogá-lo de novo desde o início, com novas oportunidades de êxito. Seria uma tolice considerar que temos direito a um caminho de triunfos, sem sofrimentos nem desilusões, sem coragem nem heroísmo. Porque isso não sucede a ninguém e não é deste mundo. Aqui é preciso escolher e, depois, seguir em frente até ao fim. Por vezes com os ombros pesados de cansaço, de dor, de desilusão, de fracasso... (Paulo Geraldo)
18/10/09
Livraria Lello e Irmão
Local: Porto
Data:09/10/2009
A Livraria Lello e Irmão, também conhecida como Livraria Chardron ou simplesmente Livraria Lello situa-se na cidade do Porto em Portugal.
A empresa remonta à fundação da "Livraria Internacional de Ernesto Chardron", em 1869, na Rua dos Clérigos. Após o imprevisto falecimento do fundador, aos 45 anos de idade, a casa-editora foi vendida à firma "Lugan & Genelioux Sucessores".
Em 1881 foi fundada uma livraria por José Pinto de Sousa Lello, à rua do Almada.
Em 1894 Mathieux Lugan vendeu a antiga Livraria Chardron a José Lello que, associado ao irmão, António Lello, manteve a Chardron com a razão social de "Sociedade José Pinto Sousa Lello & Irmão", posteriormente alterada para "Livraria Lello e Irmão" (1919).
O actual edifício foi construído pelo engenheiro Francisco Xavier Esteves e inaugurado em 1906. Compareceram à cerimónia nomes, entre outros, como os de Guerra Junqueiro, José Leite de Vasconcelos e Afonso Costa.
Descrita por Enrique Vila-Matas como "A mais bonita livraria do mundo", em 2008 o periódico inglês The Guardian considerou-a a terceira mais bela do mundo.
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